segunda-feira, 11 de abril de 2011

nostalgia


com frequência me detenho a recordar momentos de infância - inicio de adolescência, talvez por ter sido uma fase de muita felicidade e descobertas. no domingo passado fui a casa dos meus pais mas antes passei por um dos "recreios" onde, juntamente com dois amigos, nos aventurávamos em busca de novas sensações. a imagem em cima é a de uma árvore que naquela altura me parecia ter o dobro da altura. ainda assim, terá cerca de quinze metros. esta árvore tem a particularidade de ter uma "ferida" a cerca de dois metros de altura que servia de plataforma para começarmos a subida até ao cruto, fazendo também uso das bicicletas para ganhar altura e trepar até à dita plataforma. 
houve uma fase em que todas as semanas subíamos ao cruto da árvore para onde levávamos batatas-fritas de pacote e ali ficávamos na conversa e a petiscar ao sabor do vento e com a sensação de estarmos agarrados a um pêndulo, tal era o balanço da árvore. as vistas eram fantásticas e a adrenalina era ainda maior porque apesar da inconsciência normal daquelas idades tínhamos presente que o menor deslize significaria um "salto para o desconhecido"!.....saudades!
pena é que agora já não se vejam crianças nestes sítios......devem estar a subir árvores na playstation.

domingo, 10 de abril de 2011

voltar ao escudo

nos últimos dias temos assistido ao governo a "chutar p'ra canto" todos os pedidos de diálogo com a oposição no sentido de ser delinearem medidas consensuais e que garantam que o dinheiro que vamos receber de cada um dos estados membros seja bem direccionado.
estes pedidos de entendimento vêm essencialmente dos nossos futuros credores (membros da zona euro), porque têm de justificar perante o seu eleitorado a razão pela qual estão a dar dinheiro a uma gente que nunca se soube governar e que numa fase de particular dificuldade a classe política desse pais passa o dia nas televisões a gladiar-se com argumentos imaturos do género "tu tiveste mais culpa do que eu". não é  por isso de estranhar que já se comecem a ouvir vozes, nomeadamente na finlândia, no sentido de não emprestar dinheiro a portugal.
por outro lado, o governo e oposição sentem que podem esticar a corda porque caso não exista uma ajuda dos parceiros europeus, bce e fmi, portugal ver-se-á forçado a abandonar o euro e tal facto poderá originar um reacção em cadeia que em nada beneficiará a europa.
sou a favor do euro e de uma europa federal. no entanto, se a nossa permanência neste projecto deixar de ser viável será decisivo para o futuro do nosso país a forma como dele sairmos....!

sexta-feira, 8 de abril de 2011

ironia da evolução


ontem troquei o carro que tinha à seis anos por um novinho em folha e como qualquer homem que se preze  não via a hora de lhe por as mãos em cima para mexer em tudo e mais alguma coisa e tentar descobrir como tudo funciona sem sequer olhar para o livro de instruções.....pois, pois, estava-se mesmo a ver!
o carro que tinha anteriormente era do tipo: ligar a ignição, por uma mudança e carregar na chapa.....básico! pois bem, os carros novos já não são assim! agora se quero por o carro a trabalhar tenho de por primeiro o cinto de segurança, senão o sacana não mexe as rodinhas!
mas isto não foi o que me levou a escrever este post.
conduzo, com carta :-), à 16 anos e sempre estacionei os carros que fui tendo da forma convencional, usando pontos de referência, e, modéstia à parte, de forma bastante desenvolta e confiante, sem nunca  ter batido em ninguém. 
com o carro novo e os seus sensores de estacionamento perdi num ápice toda a desenvoltura e confiança a estacionar. em vez de me concentrar naquilo que efectivamente é importante só consigo ter atenção aos grunhidos e ao monitor que identifica o sensor que grunhe com mais intensidade. entretanto ainda faltam 30 metros para bater mas já o estérico do sensor guincha como se lhe estivessem a cravar um ferro no coração!
eu que gosto de criar teorias da conspiração, acho que ao darmos capacidades às máquinas de fazer as coisas por nós vamos ao mesmo tempo perdendo essas faculdades adquiridas ao longo de anos.
hoje temos máquinas que fazem contas por nós, editores de texto que corrigem os nossos erros, temos todo o tipo de equipamentos que nos substituem nas mais variadíssimas tarefas e, a pouco e pouco, a importância do ser humano deixará de ser relevante e as máquinas com inteligência artificial reinarão.

isto pode parecer exagerado mas o facto é que a partir de hoje eu perdi um pouco do controle que tinha na máquina (ou pelo menos tenho de aceder a mais uma "vontade" para que possa por o carro a trabalhar), e rapidamente perderei a capacidade de estacionar fazendo uso apenas do meu cálculo mental!

sábado, 2 de abril de 2011

serra da pescaria - nazaré





o facto de ter um veículo com tracção integral permite-me passar por sítios que de outra forma não o faria. na maioria dos passeios turísticos que tenho feito tenho constatado que o nosso país é realmente maravilhoso, particularmente as zonas que pouco ou nada foram alteradas pela mão humana!
em conversa com participantes deste tipo de passeios é frequente ouvir-se que o passeio valeu apenas pelas vistas (numa alusão à fraca qualidade dos percursos delineados pelas organizações). e é este tipo de turismo, o "das vistas", que está seguramente sub-explorado ou sub-valorizado. tomando apenas o exemplo da serra da pescaria na nazaré, estou certo que com maior divulgação seria possível criar mais uns postos de trabalho e dinamizar um pouco mais a zona em questão.....mas sem a adulterar!
serras das pescarias haverá certamente muitas por esse país fora e é uma pena que não se aproveitem melhor os recursos do nosso país para benefício próprio.